quarta-feira, 12 de agosto de 2015

JHIHAD - Livro TORRE 3001

Jhihad chegou com o cabelo pintado de loiro numa 50tinha, que­ ninguém sabia de quem era.

Jhihad, um grande Laranja.

Neste dia, Jhihad convidou todos para uma festa no club mais antigo da cidade de Cacau City, que obviamente, ninguém - nem mesmo o Jhihad - havia sido convidado.
Piolho de festa, penetrava não pela festa em si, mas pela emoção de entrar sem autorização, usando um migué. Teve uma época em que Jhihad conhecia todos os seguranças e garçons - inclusive o garçom PORTELA, o mito, diga-se de passagem -, o que facilitava a sua entrada. Comer e beber de graça eram seus esportes.
Jhihad, acadêmico na Universidade Estadual de Cacau City, tinha honrosos valores sociais e era um assíduo defensor da Esquerda e de todos os oprimidos. Ele apoiava os fundamentalistas do islã só por eles serem Minoria, ele mesmo dizia: “Pivete, se tiver guerra, eu viro homem bomba nessa porra”.
Todavia, na verdade, Jhihad era malandro, o típico malandro carioca, só que baiano. A sua característica marcante era realmente marcante, ele FALAVA DEMAIS, sabe aquele momento em que o assunto acaba e o silencio é a harmonia? Então, Jhihad sempre tinha algo a dizer. Era o primeiro a se comunicar e o último a se calar, filho da Puta!
Jhihad era companheiro e nunca colocou ninguém em corre errado. Tinha um bom coração, o qual fora comandado e lesado por crentes mulheres de passados, amores jurados, coisa de doido mesmo.


- João Paulo Hoffmann

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