domingo, 9 de dezembro de 2012

Trague

No âmbito do mundo, eu durmo
No âmbito do céu, eu choro
No âmbito do ar, eu olho
No âmbito do meu quarto, escuto.
Eu verso de mim mesmo.

Para que o mundo, o céu e o ar,
Sejam maiores que um grão de esterco,
Trague aquele homem que pensa.
Mas você diviniza o olho caído,
E a sua altura gasta...
Que droga!
Então trague droga
Mas nunca deixe a droga lhe tragar.



- João Paulo Hoffmann

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eu canto

Um tio (um militar aposentado) disse para mim que a música e poesia não servem para ganhar a vida, você só ganha dor e uma morte falida.
Estranho, muito estranho... pois sempre que penso na morte, eu canto.
Sempre que penso na vida, eu canto.
Sempre que penso na dor, eu canto.
Sempre que penso na alegria, eu canto...
O tudo é poesia! 
Até a noite, o mar e o dia, 
você, eu, 
tu, ele, 
nós, vós, eles, 
a realidade e a fantasia!
... e entre uma morte falida e uma vida bem vivida, eu canto.

João Paulo Hoffmann

domingo, 9 de setembro de 2012

Otimismo é o tiro certeiro para a edificação da alma

O tempo passa, e a nostalgia mata.
Acabamos escravos de um destino obscuro e negligente, 

a "escuridão eterna", como fora dito em versos místicos antigos,
onde o passado é confortante, 
e o futuro cheio de interrogações e exclamações 
que assolam minhas noites... 

Mas ainda digo que o Otimismo é um tiro certeiro para a edificação da alma.



- João Paulo Hoffmann

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O olho caído...

O olho caído, 
subordinado à hipocrisia, 
depõe contra minha honra 
e contra a dele própria.
A ganância cede a necessidade do orgulho, 
fantasiando a verdade ultrajante dos líderes falidos.
Brilha em mim, 
o grito da insatisfação 
inflamando a justiça.
Mas do que adianta o brilho no que é branco/preto?
A causa deve ter uma marca, 
mas somente essa marca sem a essência da causa 
é inútil e amórfica.

João Paulo Hoffmann.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

No doce da madrugada

No doce da madrugada de uma segunda, embaixo do meu edredom,
com frio, muito frio, sentia inverno.

Não trabalhava há meses, só fazia faculdade pela noite –
aquele típico primeiro semestre de matérias propedêuticas – e amava a música.
Pessoas mais velhas chamariam a mim de vagabundo: depois dos 18 e não
trabalhar? Jamais, tio.

Ô sono, maldito cobrador que batia em meus olhos. Queria
retratá-lo, mas as palavras já haviam sido perdidas, o cansaço as matou. Se bem
que a tentativa era tão satisfatória por si só que resolvi pensar em situações
aleatórias para ver se dava algum início de uma futura crônica, haja vista a falha
tentativa de cronitizar meu sono.

Pensei em aqui, ali e ati (away to infinity). Pensei em
zangões matando rainhas. Da cigarra vagabunda cantora que não precisa
trabalhar, e que passa frio, muito frio no inverno. Pensei nos dias perdidos e
nas noites bem aproveitadas... Dormi.


- João Paulo Hoffmann.


Ensaio poético filosófico com a Jana.

(João Paulo Hoffmann) Tudo no universo está na base do equilíbrio, inclusive sentimentos intrínsecos que não sabemos/podemos explicar. Quer a prova de Deus? Explique antes o que é o amor... Seria a mesma resposta para esses dois questionamentos. Sentimos sem entender, simplesmente porque vivemos, eis que surge o questionamento: a vida é entender ou é sentir? A FILOSOFIA juntamente com a Ciência busca o "entender" e a POESIA se encontra no "sentir", e satiriza a vã filosofia. É pelo amor ao SENTIR que nós vivemos. A fé é isso, amar é isto, não obstante, uma pena que odiar também seja!

(Janaína Ferraz) O ódio é o amor ao contrário, é o amor que adoeceu gravemente. Nós somos humanos, somos imperfeitos, é natural que com tantos sentimentos ocorram desencontros nas avenidas da vida. Há que se perder para se encontrar. Quem foi que disse que a vida só é feita de acertos? As falhas ensinam, quando pensamos que erramos o caminho, só estamos sendo provados, só estamos aprendendo um pouco mais. A perfeição é amórfica, há mesmo é que se viver..


Blog da Janaína: Mistura Dinâmica

1ª PARTE - CONTATO ANGELICAL, “CERTEZA DOS LOUCOS QUE BRILHAM - Livro TORRE 3001

1ª PARTE: CONTATO ANGELICAL, “CERTEZA DOS LOUCOS QUE BRILHAM”. 


Passamos nossas vidas buscando as vontades, vocações, sonhos. Esse é o motivo por nós acordarmos com vontade de viver, tudo na vida faz sentido e você encontra suas respostas se lutar a favor dos seus sonhos, lembre-se que o universo não conspira contra você, é você conspira contra. Tenha fé e honra, pois são as únicas coisas que o ser humano só perde se quiser!

Era um domingo como outro qualquer, eu tinha acordado cedo, nunca consigo acordar até mais tarde quando posso, e quando tenho que acordar cedo, fico com vontade de dormir até mais tarde. Certas coisas são intrínsecas para nós, e a gente não sabe o porquê, contudo, compreendemos.

Os pássaros cantavam de uma forma que me fez parar e perceber a cerimônia que acontece todos os dias pela manhã, mas ninguém dá à mínima para isso. Sentei em um sofá velho de couro, era verão, mas fazia bastante frio, então me cobri, mesmo assim o frio não passava, as vezes a natureza vem de dentro.

Resolvi tentar meditar.

Tenho um amigo que abandonou todo o dinheiro da sua família para morar em um sítio no meio do mato, criando e plantando sua própria comida. Certo ele, que corria atrás dos seus sonhos e os vivia. Nunca o vi sem um sorriso estampado no rosto. Ele tinha me ensinado a meditar há um certo tempo, mas nunca tinha conseguido.

Dessa vez eu senti que deveria fechar os olhos, concentrando-me em uma respiração diafragmática, pois bem, fiz!

Certas pessoas contam que no momento da meditação nós estabelecemos contato com o nosso anjo e com o nosso demônio (também conhecido como Ego, numa ótica psicanalista). Reza-se a lenda que o contato angelical liberta sua mente, você morre para o mundo profano e renasce como um ser iluminado e livre de pensamentos e escolhas.
Outrossim, o contato com o seu próprio demônio lhe permite ousar-se em um reflexo acerca do seu próprio ser.

Um senhor internado em uma “clínica” de “repouso”, Conversava com seu anjo e seu demônio todos os dias, sempre recitando a mesma frase: “O ÓPIO DO PRÓPRIO UTÓPICO ÓCIO”.

Acho interessante esta temática do Louco. Os que descobrem muito sobre o universo acabam loucos! E nós, iludidos com percepções e lógicas falsas. Fantástica realidade parcial ora ilusão!?