quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Senhorias e Vadias ias ias

Cantei versos de uma antologia
E para a cantiga dessa fantasia
Quando a condessa da vila, a senhoria,
Deu-me um bom dia
Continha uma cesta com uma grande melancia
E mesmo com o peso ela sorria,
Pelos campos de sua sogra, Dona Maria.
Sorrisos porque mulher casada não chora em público nenhum dia.
Enquanto o raio de sol brilhava entre a abadia,
Ela se deparava com a vadia,
"Ninguém" era o nome da pobre que mal tinha uma estadia.
Sentia a morte porém vivia,
Apesar de seus serviços de dar alegria
Ao homem casado com quem ela dormia,
em sua biografia
continha uma especie de agonia.
Forte eram suas pernas que erguiam
Seu corpo para o outro dia.
O mundo sentia
Varias vadias,
Muitas senhorias
Em diversas Bahias,
Em todas as confrarias
Da boemia
E até mesmo nas confeitarias
Da calmaria
à baratas bijuterias.


Viva a nossa mórbida Democracia, Diplomacia, Meritocracia, Simpatia, Epilepsia, Epidemia, Dicotomia, Disritmia, Baixaria, Poligamia... Vivam todos os "ia"!
Dessa nossa sociedade romancista e não realista, onde traição é rotineira como comprar um pão em uma padaria.


- João Paulo Hoffmann

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