terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Caiu...

Caiu,
Dentro do meu pensar metafórico.
Jogou-se num rio turvo que desaguava no mar escuro e gelado, que a conduziria por um ciclo de marés infinitas.

Desceu cada milésimo de gota, seu pranto se confundia com a imensidão da corrente que a levava.

À Brisa, repaginava folhas com pontas envenenadas as quais cronizavam memórias, à amotinar anos que jamais foram contados. Gravados em pedras brutas nunca antes polidas pelo homem, e sim, esculpidas por natureza pura, da mesma forma que as minhas forças foram cravadas em sua lápide, antes mesmo de você cair.

E o tempo passa e a morte rasa. O tempo é a morte. A morte é mais antiga do que a própria história em latu sensu. Todavia, usei de um terço do insight - aquele que tive uma das vezes em que nos encarávamos nus -, para conseguir explicar o que é impossível de se entender com as palavras conhecidas pela "Vã Filosofia" (uma vez citada pelo dom de Shakecspeare).

Resolvi compor uma sinfonia a qual jamais conseguiria tocar.
Contudo e com você, toquei.
Toquei, e para o sempre a tive, Poesia.

- João P. Hoffmann. 


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